quarta-feira, 27 de abril de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
Bichinho
![]() | |||
Bichinho, rua principal |
A viagem para Vitoriano Veloso, conhecido como Bichinho, foi uma experiência muito enriquecedora. Tivemos a oportunidade de fazer worshops de decalque e croquis. Os decalques ajudaram a refinar nossa percepção do espaço, uma vez que tivemos que ficar atentos aos detalhes. Durante o workshop de croquis fomos solicitados a desenhar algo apenas com a nossa memória sensorial (já que ao perceber o objeto a ser desenhado estávamos com os olhos vendados) o que nos mostrou mais uma vez um novo olhar. Também aprendemos a fazer medidas mais precisas, o que será muito útil ao planejar a nossa intervenção que será feita em junho.
![]() |
Henrique com os moradores da cidade |
Foi muito gratificante poder conversar com os moradores de Bichinho, saber da história local e dos próprios habitantes. Receptivos, eles não tiveram problemas em nos contar suas histórias.
A cidade tem casas em um estilo peculiar. A que mais me chamou atenção foi esta, localizada em frente à loja de artesanato 'Canto do Bichinho' e foi ela que escolhi desenhar.
Conversando com os moradores percebemos como a Oficina de Agosto é importante para a cidade. Foi através dela que muito moradores tiveram a oportunidade de aprender a fazer artesanato, abrir seu próprio negócio e mudar de vida. Ao visitar a linha de produção o que mais chama a atenção é a utilização de todos os restos de material. Restos de metal, por exemplo, viram flores; de madeira, peixinhos.
![]() |
Oficina de Agosto |
![]() |
Oficina de Agosto |
Agora, temos que nos preparar para nossa intervenção em junho.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Inhotim II - Cosmococa
![]() | |||||
Cosmococa, Inhotim |
A obra Cosmococa, escolhida por nosso grupo, foi idealizada por Hélio Oiticica em parceria com o cineasta Neville D’Almeida. Eles trabalham a ideia do 'quasi-cinema' que expressa perfeitamente o esforço de Oiticica para trazer o espectador para dentro de sua arte. Esse interesse de estender o ato artístico as massas está relacionado aos movimentos de contracultura que buscava propiciar situações que pudessem ser vividas de forma mais intensa. Oiticica busca envolver em suas obras o multisensorialismo. Para ele o espectador, assim como o artista, deveria estar cercado de prazer e diversão.
A visão da galeria é impactante. Os muros altos, o material utilizado e o próprio formato do edifício causam estranhamento uma vez que se assemelham a uma prisão. A curiosidade é aguçada e é impossível não querer explorar o interior do edifício.
![]() | ||
Revestimento do edifício |
Na entrada deixamos nossos sapatos e logo sentimos a diferença do ambiente climatizado e o chão gelado. São cinco salas. Oiticica utiliza colchões, redes, almofadas de formas geométricas, música alta e projeção de slides. Até mesmo uma piscina iluminada foi utilizada em uma das salas. A sensação de quem está lá dentro é de desprendimento. Há uma imersão e o que acontece fora da galeria é completamente esquecido. A salas misturam diversão, relaxamento, mas ao mesmo tempo certa tensão- talvez a trilha sonora seja grande responsável por essa última impressão. Mesmo a descrição mais fiel não se compararia a experiência vivida na Cosmococa.
![]() | |||||
'Sala dos balões' |
![]() | |||
'Sala das redes' |
domingo, 17 de abril de 2011
Inhotim I - Hélio Oiticica
![]() |
Hélio Oiticica |
Hélio Oiticica foi o artista escolhido pelo nosso grupo para a visita a Inhotim. Nasceu em 1937 e faleceu em 1980, ambos no Rio de Janeiro. Foi um artista perfomático, pintor e escultor. Em 1954 escreveu seu primeiro texto sobre artes plásticas e a partir daí isso se torna um hábito. Em 1959 abandona os trabalhos bidimensionais e cria relevos espaciais, bólides, capas, estandartes, tendas e penetráveis. Um dos episódios polêmicos em que esteve envolvido ocorreu na mostra Opinião 65 quando seus amigos integrantes da escola de samba Mangueira são impedidos de entrar, e é expulso do museu. Realiza, então, uma manifestação coletiva em frente ao museu, na qual os Parangolés são capas vestidas pelos sambistas. O Parangolé foi criado por Hélio Oiticica em 1960, que era por ele chamada de 'antiarte por excelência. As capas são feitas com panos coloridos (que podem levar reproduções de palavras e fotos) interligados, revelados apenas quando a pessoa se movimenta. A cor ganha um dinamismo no espaço através da associação com a dança e a música. A obra só existe plenamente, portanto, quando da participação corporal: a estrutura depende da ação. A cor assume, desse modo, um caráter literal de vivência, reunindo sensação visual, táctil e rítmica. O participante vira obra ao vesti-lo, ultrapassando a distância entre eles, superando o próprio conceito de arte. Ao vestir o Parangolé o corpo não é suporte da obra.Oiticia diz que se trata de "incorporação do corpo na obra e da obra no corpo". Nessa espécie de anti-arte, diz Oiticia, "o objetivo é dar ao público a chance de deixar de ser público espectador, de fora, para participante na atividade criadora".
![]() | ||||
Nildo da Mangueira, com Parangolé, 1964 |
Hélio fez também o Tropicália que mais tarde inspirou o movimento tropicalista na música brasileira. Para o artista essa era a primeira tentativa de criar um arte genuinamente brasileira. O Tropicalismo tinha como pré-requisito a ideia de que o ambiente só funciona com a inclusão do visitante.
Vive em Nova York na maior parte da década de 1970. Após seu falecimento, é criado, em 1981, no Rio de Janeiro o Projeto Hélio Oiticica, destinado a preservar, analisar e divulgar sua obra, dirigido por Lygia Pape, Luciano Figueiredo e Waly Salomão. Em 2009 um incêndio na residência de César Oiticica, destruiu parte do acervo de Hélio Oiticica.
Fotos: Divulgação
sábado, 16 de abril de 2011
Visitando a Pampulha
O que marcou a visita à Pampulha foi a mudança de percepção. Muitos de nós já haviam ido ao Museu da Pampulha e a Casa de Baile, mas dificilmente com um olhar tão atento. Os professores chamaram atenção às marcas de Niemeyer como as curvas e os detalhes.
Devido a leitura que estamos fazendo do livro 'Lições de Arquitetura' de Herman Hertzberger a discussão sobre o que é público e o que é privado ganhou força. O vidro utilizado na construção contribui, em grande parte para a brincadeira do dentro fora. Ele restringe e ao mesmo tempo integra. Na lateral do museu a mesma brincadeira. A escada que leva do que hoje parece ser um auditório (infelizmente não foi possível visitar o interior do museu) aos jardins apresenta o mesmo vidro usado na lateral do dito auditório, o que torna o arredor da escada um ambiente 'semipúblico', digamos. Esse ambiente é extremamente chamativo para aglomerações (não coincidentemente foi escolhido para a reunião do nosso grupo) e ,de fato é uma transição, entre o dentro e o fora.
O que particularmente chamou minha atenção foi a preocupação com cada detalhe, até mesmo aqueles que não deveriam ser vistos por todos. Os azulejos utilizados nas outra lateral do museu são, de todos os detalhes, aquele que mais reparei. Eles devem frequentemente passar despercebidos por um visitante desatento e que não percorre toda a construção. Confesso que me perguntei o porquê de sua localização tão escondida. Mais uma prova de que um olhar desatento perde o que uma obra pode ter de mais precioso.
Os jardins são uma atrção a parte. O paisagismo de Burle Marx cria uma sensação intrigante já que a disposiçao das plantas não parece seguir uma ordem, o que nos da a impressão de que elas apenas nasceram ali, sem nenhuma interferência humana. A harmonia entre as espécies escolhidas, no entanto, denuncia o trabalho de um excelente profissional.
Os aprendizados foram muitos e nosso olhar definitivamente ficou mais aguç ado. O momento de integração da turma fora do ambiente da faculade não pode deixar de ser mencionado. Sair do ambiente da faculdade é uma importante oportunidade para conhecer melhor aqueles que iremos conviver por mais cinco anos. Um ótimo começo.
Fotos: Divulgação; Marina Vale Viegas; Divulgação
Devido a leitura que estamos fazendo do livro 'Lições de Arquitetura' de Herman Hertzberger a discussão sobre o que é público e o que é privado ganhou força. O vidro utilizado na construção contribui, em grande parte para a brincadeira do dentro fora. Ele restringe e ao mesmo tempo integra. Na lateral do museu a mesma brincadeira. A escada que leva do que hoje parece ser um auditório (infelizmente não foi possível visitar o interior do museu) aos jardins apresenta o mesmo vidro usado na lateral do dito auditório, o que torna o arredor da escada um ambiente 'semipúblico', digamos. Esse ambiente é extremamente chamativo para aglomerações (não coincidentemente foi escolhido para a reunião do nosso grupo) e ,de fato é uma transição, entre o dentro e o fora.
![]() | ||||||
Lateral do Museu da Pampulha- a continuação do vidro do auditório brinca com a ideia de público e privado |
Azulejos- um detalhe que pode passar desapercebido |
Os jardins são uma atrção a parte. O paisagismo de Burle Marx cria uma sensação intrigante já que a disposiçao das plantas não parece seguir uma ordem, o que nos da a impressão de que elas apenas nasceram ali, sem nenhuma interferência humana. A harmonia entre as espécies escolhidas, no entanto, denuncia o trabalho de um excelente profissional.
![]() |
Jardins do Museu de Arte da Pampulha- perfeita harmonia das espécies escolhidas |
Os aprendizados foram muitos e nosso olhar definitivamente ficou mais aguç ado. O momento de integração da turma fora do ambiente da faculade não pode deixar de ser mencionado. Sair do ambiente da faculdade é uma importante oportunidade para conhecer melhor aqueles que iremos conviver por mais cinco anos. Um ótimo começo.
Fotos: Divulgação; Marina Vale Viegas; Divulgação
Assinar:
Postagens (Atom)