sábado, 16 de abril de 2011

Visitando a Pampulha

  O que marcou a visita à Pampulha foi a mudança de percepção. Muitos de nós já haviam ido ao Museu da Pampulha e a Casa de Baile, mas dificilmente com um olhar tão atento. Os professores chamaram atenção às marcas de Niemeyer como as curvas e os detalhes.
  Devido a leitura que estamos fazendo do livro 'Lições de Arquitetura' de Herman Hertzberger a discussão sobre o que é público e o que é privado ganhou força. O vidro utilizado na construção contribui, em grande parte para a brincadeira do dentro fora. Ele restringe e ao mesmo tempo integra. Na lateral do museu a mesma brincadeira. A escada que leva do que hoje parece ser um auditório (infelizmente não foi possível visitar o interior do museu) aos jardins apresenta o mesmo vidro usado na lateral do dito auditório, o que torna o arredor da escada um ambiente 'semipúblico', digamos. Esse ambiente é extremamente chamativo para aglomerações (não coincidentemente foi escolhido para a reunião do nosso grupo) e ,de fato é uma transição, entre o dentro e o fora.

Lateral do Museu da Pampulha- a continuação do vidro do auditório brinca com a ideia de público e privado
  O que particularmente chamou minha atenção foi a preocupação com cada detalhe, até mesmo aqueles que não deveriam ser vistos por todos. Os azulejos utilizados nas outra lateral do museu são, de todos os detalhes, aquele que mais reparei. Eles devem frequentemente passar despercebidos por um visitante desatento e que não percorre toda a construção. Confesso que me perguntei o porquê de sua localização tão escondida. Mais uma prova de que um olhar desatento perde o que uma obra pode ter de mais precioso.

Azulejos- um detalhe que pode passar desapercebido




  Os jardins são uma atrção a parte. O paisagismo de Burle Marx cria uma sensação intrigante já que a disposiçao das plantas não parece seguir uma ordem, o que nos da a impressão de que elas apenas nasceram ali, sem nenhuma interferência humana. A harmonia entre as espécies escolhidas, no entanto, denuncia o trabalho de um excelente profissional.

Jardins do Museu de Arte da Pampulha- perfeita harmonia das espécies escolhidas

  Os aprendizados foram muitos e nosso olhar definitivamente ficou mais aguç ado. O momento de integração da turma fora do ambiente da faculade não pode deixar de ser mencionado. Sair do ambiente da faculdade é uma importante oportunidade para conhecer melhor aqueles que iremos conviver por mais cinco anos. Um ótimo começo.

Fotos: Divulgação; Marina Vale Viegas; Divulgação

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